sábado, 25 de abril de 2020

Um gênio a serviço do hobby!


Muitas das vezes estamos no paraíso e não nos damos conta. É isso, mesmo.
Os modelistas da Grande Ilha têm o privilégio de dispor de um verdadeiro gênio na arte da criação, recuperação, conserto e montagem de lanchas, carros, aviões e helicópteros manobrados por controle remoto. 
Torno mecânico Joinville, restaurado por Mário para ser um de seus principais aliados na oficina
Estamos falando de Mario Celso Cavaignac, um maranhense nascido na Capital, São Luis, que desde a tenra idade, nos idos de 1980, tomou gosto pelo hobby, influenciado pelo próprio pai, Mário Cavaignac, hoje com 78 anos. Seu Mário, aposentado e afastado do hobby, despontou no aeromodelismo no início de 1970, quando os modelos eram, na sua quase totalidade, manobrados via cabo (u-control), não menos emocionante do que os atuais, agora equipados com modernos equipamentos de controle à distância.
Mecânico de profissão, Celso montou na sua casa uma oficina de fazer inveja aos mais exigentes laboratórios de mecânica do SENAI, equipada com torno, fresa, soldadora elétrica, serra, esmeril, compressores, ferramentaria de ponta e um arsenal de chaves e instrumentos usados para atender as exigências do caprichoso hobista ludovicense. 
Cabeçote divisor da máquina fresadora
Funcionário da Eletronorte, Mário Celso usa as horas vagas para dar vazão ao seu talento, dentre os quais se notabilizam consertos, construção de peças e regulagem de motor (glow ou gasolina). Não bastasse, ainda lhe sobra tempo para criar e desenvolver alguns projetos surpreendentes, como foi a construção de uma turbina a querosene, usada num kart de alto desempenho, especialmente desenvolvido pelo próprio Mário.
Kart, equipado com turbina

 
Celso na companhia do pai, seu Mário, sua principal fonte de inspiração
Turbina desenvolvida por Mário Celso

Merece destaque, ainda, visualizar as primeiras lanchas gigantes, com motorização à gasolina, artesanalmente construídas por Mário Celso, utilizando compensado marítimo e motor de roçadeira, adaptado, com pintura automotiva. A lancha azul, retratada, ganhou sistema de refrigeração a água e partida elétrica, tudo projetado e construído pelo próprio Mário Celso.“O cara é um mago. Certa vez, danifiquei o cabeçote de um motor importado. Levei pra ele e dias depois Mário me entregou o motor novinho e funcionando, parecendo que jamais havia sido quebrado”, testemunhou Ivan Carneiro, assíduo frequentador da oficina.
Essa lancha, 1,30cm, atualmente pertencente ao comandante Daniel, adquirida do comandante Marvio.


Alguns de seus engenhos, como, por exemplo, o hoverkart, montado sobre um colchão de ar, impulsionado por um motor glow, revelam a notável vocação do hobista por novas experiências.

 
Hoverkart

 Mário Celso foi, também, um dos precursores do helimodelismo na Ilha São Luis, quando a pilotagem desses aparelhos apresentava alto grau de dificuldade. Hoje tá com os dedos enferrujados, mas promete voltar ao batente muito em breve.
Ultimamente, ele se dedica na recuperação de um antigo aeromodelo, um treinador da década de 80, chamado Libélula, muito usado na época para ensinar principiantes no hobby. Uma relíquia que remota os tempos áureos do aeromodelismo onde a tônica era a diversão, simplesmente.
O lendário Libélula, da década de 80, literalmente ressuscitado das cinzas por Celso
Na última visita ao “parque de diversão” do Residencial Pinheiros, na manhã desta quinta-feira, 23 de abril de 2020, fizemos um tape da atuação de Mário Celso no exato momento em que ele trabalhava no rotor principal flybar, do Trex 500, do comandante Daniel Souza, adaptando-o para receber sistema flybarless. O serviço ficou impecável, marca indelével de um perfeccionista por excelência.
Mário Celso é discreto e de pouca conversa, mas extraordinariamente prestativo e atencioso as mais diversas demandas dos colegas, apresentando solução para quase tudo que lhe chega às mãos, especialmente quando o assunto é conserto de motor e reparo ou construção de peças. Invariavelmente, quase todos os colegas da Capital, de algum modo, já se serviram de seus valiosos préstimos.
E assim encerramos mais uma matéria especial, agradecendo, em nome da Amam e todos os amantes do hobby no Maranhão, a efetiva contribuição de Mário Celso para o engrandecimento do aeromodelismo, um exemplo a ser seguido.
A próxima matéria especial será com um dos ícones do aeromodelismo maranhense, José Antônio MOHANA Pinheiro, uma lenda viva da construção em madeira balsa.
(Reportagem: Daniel Souza, advogado, jornalista e aeromodelista)


domingo, 2 de fevereiro de 2020

Máquinas voadoras movimentam as tardes de inverno na Grande Ilha


As tardes de inverno na Grande Ilha, de vento brando, estão atraindo para Amam aeromodelos que custumam ficar reclusos no verão, face à turbulência das ventanias do litoral maranhense, severas nos meses julho, agosto, setembro e outubro.
AVISTAR
Quem primeiro estrelou na temporada foi o comandante Marvio, com seu Avistar com fuselagem 1.95cm, envergadura 2,3cm, fabricante Great Planes, municiado com motor DLE-RA 35cc, hélice 20X08.


Formoso, a máquina apresenta excelente desempenho, se constituindo, de fato, num dos aeromodelos mais prazerosos de voar. Destaque para a montagem caprichada, inquestionavelmente perfeita, de autorita do próprio piloto, um perfeccionista.
PILATUS
A segunda máquina a comparecer na temporada de ventos brandos na Amam foi o incrível Pilatus, com 1,75cm de envergadura, fuselagem de 2,20cm, motor DLE-RA 35cc, hélice 19x8, da Phoenix Models, pertencente ao comandante Daniel G.


O aeromodelo chama mesmo atenção e surpreende fazendo voo firme e estável, mesmo com características de asa e fuselagem diferentes dos modelos de sua categoria. O piloto abusou de manobras e fez um pouso quase perfeito, não um leve toque da hélice na pista.
A montagem perfeita e de alto nível, dentro dos melhores padrões, é, sem dúvida, um destaque a parte, graças a dedicação do comandante Daniel Guagliardo, que, profissionalmente atual como piloto comercial de uma importante companhia aérea cujo nome não se revela por falta de patrocínio!
MOCHEL, Retorno!
Quem voltou ao batente, usando um belíssimo planador Salto, motorização elétrica Eflite 25, esc 80, bateria 4sx3000mAh, hélice retrátil, com 2,65cm de envergadura, fabricado pela FlyFly, foi o veterano Joaquim Mochel, cuja inscrição no hobby dista do início da década de 70.
Com auxílio do comandante Márvio, Mochel fez o imponente planador deslizar silenciosamente pelos céus da Amam, imprimindo invejável velocidade. Contudo, na hora “H” do pouso, Mochel passou o rádio para o piloto de testes, fato que, segundo os mais exigentes críticos do hobby, maculou o tão aguardado retorno. “Estou me aclimatando para voltar com tudo...”, argumentou o veterano Mochel, um dos principais entusiastas do hobby na Grande Ilha.
O VOO DE UM AEROMODELO TRINTENÁRIO
Entre as máquinas que estão de volta à temporada uma se destaca pela aparência exótica e pelo tempo que está na ativa. Estamos falando de um pequeno trainer, com 1,20 cm de envergadura, impulsionado por motor glow 40, OS, com hélice 10x6, inspirado num projetado da antiga Aerobras, do comandante Corrêa, um aeromodelo de 30 anos, cujos comandos estão limitados a leme, profundor e acelerador.
Em dias hodiernos o voo desse treinador torna-se um desafio, especialmente para aeromodelistas adeptos de aileron e flap. O esquisito aero remonta aos tempos idos do hobby no Brasil. O mais impressionante de tudo é o seu excelente desempenho. “Libélula” é o seu codinome!
FOTO LEGENDA..

Aeromodelo de alta performance do comandante Valdinewton fez "misera" nas mãos de Marvio
Comandante Daniel com seu Trex 800
RESENHA
Rafful voltou a acertar os pousos, prejudicados depois de sua estada na Polônia/Ruddys, o ex-repórter, voou pouco porque até agora não teve tempo para arrumar o trem de pouso do seu intrépido asa baixa/Murilo enrolou e não teve coragem de tirar seu aero dentro do carro, preferindo papear/Ivan tá quase três meses sem voar/PM Luiz Carlos, ainda traumatizado com a última lenha, não compareceu/Mestre Horário fez uma bela apresentação no Esquilo, Trex 600/Mauro atuou como cinegrafista do blog, relembrou tempos áureos, e prometeu voltar sábado, 8 de fevereiro de 2020, com força total/Jorge só conversou e auxiliou alguns colegas, mas tudo indica que pendurou a chuteira/Rogério atuou como dorme sujo coletivo, demostrando saudosismo da época em que era praticante do hobby/Por fim, tivemos a visita de um expert em impressora 3D, Jackson, manifestando desejo em ingressar no Hobby. Foi logo aconselhado pelo comandante Valdinewton para esquecer "esse negócio de helicóptero".

domingo, 19 de janeiro de 2020

Tarde de chuva, voos e revelações surpreendentes na Amam


A máxima segundo a qual “na Amam nunca chove!” se evidenciou, de fato, na tarde deste sábado, 18 de janeiro de 2020, quando bravos e destemidos pilotos, mesmo à guisa da intempérie, não deixaram de comparecer ao aeródromo da grande Ilha, no Paço do Lumiar, enfrentando nuvens densas e pancadas de chuvas.

Os destaques foram a reaparição, depois de quase dois anos de exílio doméstico, do Tucano T-27, classe 20cc, equipado com potente motor 140, glow, 4 tempos, do comandante Ricardo Castro.



Depois dos ajustes de praxe, a máquina ganhou os céus da Amam. Contudo, seu piloto, nervoso e inseguro, cometeu aquele que é um dos mais gritantes dos micos do mundo do aeromodelismo, passar o rádio-controle às mãos de outro piloto, in casu, para o exímio comandante, Márvio, responsável por trazer o aparelho ao solo à bordo de um pouso verdadeiramente impecável, conforme denota filmagem do talentoso repórter cinematográfico, Jorge França, estreando nos quadros do blog.
Não menos espetacular foi a reestreia do Shipmunk, motorização 61, 2 tempos, glow, do comandante Daniel Guagliardo.
Técnica especial de entelagem a base de monokot, pintura e verniz, realmente deixou o Shipmunk com um visual invejável. Abastecido, o aeromodelo desbravou os céus cinzentos da Amam, realizando manobras de tirar o fôlego.
Comandante Guagliardo
 

 Tivemos, ainda, a participação na Amam dos pilotos Rogério, Mochel, Ruddys, Valdinewton, PM Luiz Carlos, Horácio, Daniel e Corrêa.

Piloto Luiz Carlos, o popular PM
Piloto Ruddys, ex-repórter internacional
Mas nem tudo na vida são flores. Infelizmente, depois de sofrer grave represália, tivemos efetivada a renúncia do Repórter Internacional, Ruddys, destacado membro dos quadrados do Blog Águia Aeromodelismo Maranhão. Com exclusividade, num furo de reportagem, tivemos acesso a um vídeo, representado na Corte Internacional de Haia, cuja prova, irrefutável, revela, com detalhe, o abjeto terror  sofrido pelo mundialmente conhecido jornalista do The IntecePT, agora, exilado na Venezuela.  
A superintendência de jornalismo do noticioso, para suprir o desfalque, contratou o renomado jornalista ludovicense, Jorge França, ex-Jabá New$.
Voos no Asas de Sumaúma, na grande Imperatriz 
Na outra banda do Maranhão a tarde de sábado, 18 de janeiro de 2020, também foi movimentadíssima, com o comparecimento de pilotos da Aeroescolinha, do comandante Mesaque, na pista de Sumaúma, um das melhores praças do hobby na região.
Estiveram no aeródromo Asas de Sumaúma, os pilotos Alvaro Vi-Pão  (Extra 300, 30cc, e Mustang P51, 50cc), Danilo (Tractor 20cc), Mesaque (Decatlon 30cc), Divino (Edge 120cc), Filipe (Águia, motor 46 glow, Coiote, motor 61, glow), Silvino (Edge 120cc), Djaldo (Ugly Stik elétrico), Isaías (Piper 46, glow) e Cintura (Edge 20cc). O piloto aposentado de aeromodelo visitou o local matando a saudade dos tempos em que foi um dos precursores do hobby.
Valeu, moçada, vamos manter a interação. Um grande abraço aos meus eternos e inesquecíveis amigos aeromodelistas do Sul do Maranhão. Na próxima, quero vê o Titico ai com vocês, voando seus helicópteros.
Da esquerda para a direita: pilotos Divino, Filipe, Silvino e Mesaque

Djaldo, Mesaque e Danilo